Ao longo das descobertas tecnológicas do século XX, fomos nos tornando cada vez mais técnicos e certeiros, criando máquinas potentes, velozes e exatas — diminuindo cada vez mais o risco e erros.
Isso também acarretou uma certa perda de significado das coisas e o por que fazíamos, pois pensávamos apenas na escalabilidade e retorno de investimento (se você ainda continua com esse pensamento, se atualize para o século XXI). Isso nos deixou um pouco mais robótico e menos sensitivos para com a intuição e as vontades humanas (se você parar para pensar, as tais 8 horas de trabalho surgiu no século XVIII — tivemos mais de 4000 anos sem pensar nesse tipo de coisa).
E hoje, no século XXI, estamos passando por uma certa retomada de uma expansão consciencial nos negócios (que tem muito a ver com uma retomada espiritual do ocidente. Hoje em dia vemos negócios cada vez mais na busca de um propósito e o "por que" das coisas, nos aproximando um pouco mais das nossas Verdadeiras realizações pessoais e de nosso sentido de vida.
Talvez seja por isso que o design está em alta.
Propósito e por que: voltando aos 5 anos de idade
Cada vez mais vemos adultos se comportando como crianças de 5 anos de idade — ei, isto não é ruim.
Precisamos entender cada vez mais o "por que" realizamos tarefas e, indo mais afundo, o "por que" trabalhamos com tal coisa e "por que" fazemos o que fazemos de nossas vidas. Pelo fato de estarmos no piloto automático, não nos damos conta de que realizamos uma série de coisas sem propósito.
Ao começar a se perguntar mais o por que das coisas, provavelmente você realizará menos coisas, mas com muita qualidade e felicidade, pois você vê realmente significado naquilo o que esta realizando.
Faça o teste e veja se faz sentido para você: se pergunte "por que" de realizar o que faz durante o dia e perceba o resultado. Faça tudo o que tem um "por que" real, e perceba se terá um dia mais feliz e leve.
Profissões Criativas e o Design
Já sabemos que a Economia Criativa é a "bola da vez" e que o tema tomou dimensões de políticas de Estado, além de estar presente na rua (como já diria o outro — design doing), no qual usam o intelecto para desenvolverem soluções que realmente fazem sentido (e não queimam carvão nem combustível fóssil).
E o design não poderia estar longe disso: quando realizado de forma certeira, resolve um problema de forma inteligente, útil e acessível. O que chamam de design e não supre essas três lacunas, pode começar a ser chamado de outro nome.
Faça este exercício em seu dia a dia e comece a perceber o que realmente faz sentido. Pode ser um pouco o "chatão" da turma que pergunta o "por que" de tudo? Provavelmente sim. Mas talvez seja por isso que muitas pessoas estão dormindo enquanto poucos estão acordados para certos fatos de nosso dia a dia. E talvez seja por isso que existem uma série de pessoas infelizes com o que fazem, enquanto outros poucos apenas vivem com satisfação.
Comments